sábado, março 16

Cedo demais...

"É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais."


Andre Luiz Silva Rodrigues
*05/01/1982
+13/03/2013





A gente nunca pensa que pode perder tão cedo pessoas queridas. Quando essas pessoas tem um coração gigante, uma candura inigualável e um olhar eternamente tranquilo, tudo se torna mais difícil. Esta semana se encerrou com uma perda drástica. Andre tinha 31 anos e era sobrinho de IJ, mas era também o menino pequenino que fugia de sua casa todas as manhãs ou tardes para ir para minha casa quando eu era menina. Aquele meninozinho carinhoso em seu velocípede. O filhinho de brinquedo que a menina de 11 anos brincava de cuidar. 
O tempo passou e o carinho não se apagou. 
Agora adulto, era menino do mesmo jeito. 
Carinhoso, prestativo. Hoje, passada a tragédia, penso que ele já não era desse mundo, tamanho o desprendimento que tinha. Tinha uma inocência e uma bondade que não se vê mais. 
Acho que veio anjo só para nos ensinar um pouco do bem... e voltou anjo para prestar contas do serviço. 
A forma brusca da partida é que dói mais em todos. 
Não se despediu. Apenas brincou com todo mundo, como fazia sempre, 
falou com um, com outro, marcou compromissos, mas... não pode cumpri-los...
Ficou aquele vazio...
Aquela vontade de dizer coisas, que talvez nunca disséssemos,
 porque nunca acreditaríamos que iríamos perdê-lo... 
É uma ausência que despedaça os corações de avó, mãe, irmãos, tios, tias, primos, amigos... que se perguntam... por que... por que pessoas boas se vão tão cedo?




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