domingo, outubro 7

É outubro ROSA

Outubro Rosa: pela detecção precoce do câncer de mama 



Anualmente, celebra-se em diversos países o mês da prevenção e detecção precoce do câncer de mama: é o Outubro Rosa, movimento popular que teve sua primeira edição na Califórnia (EUA), em 1997, e espalhou-se pelo mundo. Neste mês, campanhas divulgam informações sobre a doença e, especialmente, a importância de detectá-la em estágio inicial, quando as chances de cura chegam a 100%. 

A necessidade do autoconhecimento e valorização da mulher veem à tona no mês cor-de-rosa. As pessoas precisam ver além dos mitos que rondam o assunto. É um lembrete às mulheres de que elas devem estar atentas não só às mamas, mas à sua saúde.

Informação O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete mulheres no Brasil e na maioria dos outros países. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no período de 2012 / 2013 cerca de 53 mil novos casos de câncer de mama serão detectados no país. Desses, estima-se aproximadamente 12 mil mortes. Contudo, essa realidade pode mudar com a disseminação de informações. Não raro, quando uma mulher diz que está com câncer de mama, em vez de encontrar apoio e palavras de conforto, escuta lamentações e afirmações sem fundamento. Paloschi esclarece que por isso é importante entender a doença. “Aquela história de que ‘quem procura, acha’ ou ‘é melhor não mexer, senão espalha’, são achismos que devem ser banidos”. 

A morte por câncer varia muito, de acordo com os estadiamentos da doença: quanto mais avançada, maiores as chances de insucesso no tratamento. 

“Às vezes me perguntam se é muito difícil dar um diagnóstico de câncer de mama. Sinceramente, não é fácil! Mas é menos difícil do que se imagina, porque a visão que as pessoas têm do câncer de mama, antes de conhecer a realidade, é infinitamente pior do que aquilo que vou explicar para ela. Na verdade, o câncer de mama na cabeça do indivíduo é muitas vezes incurável; a pessoa só consegue enxergar o lado ruim e as dificuldades do tratamento. Quando mostro a realidade, digo o que vai ser feito, quais são as chances, lógico que não é agradável, mas o impacto é menor do que o esperado”, relata o mastologista João Ricardo Auler Paloschi. 

Reclassificação Em linhas gerais, o câncer é uma patologia que se caracteriza por células alteradas, que perdem o controle na sua multiplicação. “As células normais têm um ciclo de vida conhecido: nascem, se desenvolvem, desempenham suas funções determinadas, envelhecem e morrem. O câncer é a quebra desse ciclo”, pontua o mastologista. Para facilitar a compreensão, pode-se imaginar que a célula alterada perde suas funções e se multiplica mais rapidamente, sem os devidos mecanismos de controle. Essa multiplicação pode acometer os órgãos vizinhos e suas funções também. 

Recentemente, muito tem se falado em reclassificação dos tipos de tumores de mama, mas, segundo Paloschi, esses estudos não são novidade. “Há algum tempo sabemos que existem 4 grandes grupos de tipos tumorais, em relação a uma análise imunobiológica, se é que podemos assim dizer. Entretanto, estamos engatinhando ainda no que se refere a tratar esses diferentes grupos individualmente. Dependendo de cada um deles, podemos variar o tipo de cirurgia ou quimioterápicos e também utilizar de medicações específicas, conhecidas como terapia alvo. Esses novos conhecimentos permitem que realizemos um tratamento mais eficiente para cada um desses grupos. A expectativa é de que o avanço das pesquisas tragam novos métodos, medicações, cirurgias, entre outros, que poderão aumentar ainda mais as chances de cura da doença, individualizando cada caso. É sem dúvida um momento de muita expectativa de um futuro mais promissor na busca da cura do câncer de mama”, argumenta. 


Tratamento padrão


Procedimento cirúrgico (local), quimioterapia, hormonioterapia ou terapia alvo (sistêmico), e radioterapia (que volta ao controle local), são os procedimentos básicos do protocolo para tratamento do câncer de mama. No entanto, o médico do HAC salienta que nem todas as pacientes precisam das quatro modalidades terapêuticas, assim como algumas precisariam, mas não possuem condições clínicas adequadas para tal. “Por exemplo, uma paciente de 90 anos não resistiria a todo o processo, então, o ideal é adequar o tratamento à realidade da paciente. Esgotamos as possibilidades dentro de cada caso”. 

Sintomas 

O nódulo palpável é o sintoma mais comum do câncer de mama, detectado por meio do autoexame das mamas (veja quadro), procedimento que deve ser realizado mensalmente, após o período menstrual. As mulheres devem ficar atentas também à: 
Retração da pele; 
Alteração do contorno da mama; 
Retração do mamilo; 
Assimetria das mamas; 
Avermelhamento da pele das mamas; 
Inchaço nas mamas; 
Secreção mamilar com sangue; 
Gânglios que surgem nas axilas que crescem e persistem (não somem). 

É importante lembrar que se a mulher tem algum desses sintomas não significa que tem câncer de mama. “Existem inúmeras outras doenças de mama que podem provocar esses sinais e sintomas, que são simples de tratar, mas que merecem atenção”, orienta Paloschi. 


Mamografia e ultrassom




Mulheres assintomáticas, com idade a partir de 40 anos devem realizar o exame de rastreamento, a mamografia. “Quanto maior a idade, maiores as chances de desenvolver a doença, portanto, o exame deve ser feito anualmente”, explica o mastologista. Os exames indicados pelo médico poderão encontrar lesões ainda impalpáveis, de milímetros, e isso facilitará muito o tratamento e a cura da doença. 
Mulheres de qualquer idade, com queixa específica, devem procurar um mastologista para investigação diagnóstica. 

Segundo o médico, em um país como o Brasil, onde a mamografia ainda é de difícil acesso em muitos locais, o Outubro Rosa também torna-se uma possibilidade de fazer o exame, já que muitas ações incluem mutirão de mamografias. Ainda de acordo com o mastologista, vale destacar que o ultrassom é um exame complementar, que deve ser solicitado a critério do médico responsável e não substitui a mamografia. 

Por que procurar um mastologista?


Se por volta de 40 anos atrás, o mesmo médico tratava desde unha encravada até infarto, hoje as coisas são diferentes. Graças à evolução da medicina, para a maioria dos órgãos humanos, há um especialista. “A meu ver isso é fundamental, pois o médico especialista tem um conhecimento indiscutivelmente mais amplo e profundo sobre as patologias que atua, podendo realizar um tratamento no mínimo mais eficiente”, considera Paloschi. 

E ninguém melhor do que o mastologista — que para especializar-se nessa área, deve ter formação inicial em cirurgia geral ou ginecologia — para diagnosticar e prevenir doenças da mama, não só o câncer. “Não é preciso estar com algum problema para procurar o mastologista. É importante que as pessoas entendam que a conduta preventiva garante o diagnóstico precoce de qualquer alteração nas mamas, o que reflete positivamente nos resultados de qualquer tratamento”, lembra Paloschi. 


Você sabia? Quanto maior a idade, maiores as chances de desenvolver câncer de mama? Mas isso não quer dizer que pessoas mais jovens não possam ter a doença. 
Que, teoricamente, para cada 100 mulheres, apenas 1 homem desenvolve o câncer de mama? É incomum, mas homens também podem ter esse tipo de câncer. 
Integram o grupo de risco do câncer de mama: obesos, pessoas que bebem rotineiramente e mulheres que usam medicamentos hormonais sem controle e acompanhamento médico? 
Que não é preciso ter casos de câncer de mama na família para desenvolver a doença? 

Em São Luís


A Secretaria de Estado da Saúde (SES) desenvolverá a partir de segunda-feira dia 8, uma série de atividades para marcar a participação do Maranhão no movimento nacional do “Outubro Rosa2012”, que alerta para o combate ao câncer de mama.


Em São Luis a campanha pela prevenção e diagnóstico precoce da doença, que acomete centenas de mulheres em todo Brasil, terá como ponto inicial a realização de mamografias. Senhas serão distribuídas para o período do mês inteiro, possibilitando a realização do exame no mamógrafo móvel, que estará no pátio da Maternidade Marly Sarney, na Cohab.

Ainda será armada uma tenda, com a presença de enfermeiras treinadas para a triagem de pacientes que deverão ser atendidas pelos mastologistas a partir do dia 15, caso seja necessário.

O movimento “Outubro Rosa 2012” tem como tema: "Todo Dia uma Vitória contra o Câncer de Mama".

Nenhum comentário:

Postar um comentário