Acabo de ver um adolescente lendo um livro. Duas lágrimas escorreram no canto do meu rosto #emocionei. Hoje em dia é tão raro você ver um adolescente lendo que fiquei logo curiosa para saber do que se tratava o livro.
Isso foi no ônibus, há pouco, quando eu vinha trabalhar. Ele estava sentado do outro lado do corredor, mas nem isso me deixou menos curiosa. E haja eu me esticar para tentar descobrir a leitura do moço.
Um rapazinho no alto dos seus 15, 16 anos, acho eu. Não era nerd. Tinha cabelos a La Restart, cheio de pontas, franjas e incrementos, trazia em um dos braços uma daquelas pulseiras de equilíbrio e na outra uma pulserinha de linha, hippie, daquelas que todos nós já usamos quando fomos adolescentes.
Ele nem ligava para o sacolejar do ônibus, que fazia uma rally pelos buracos da cidade. E eu lá, me esticando. Mais atrás outros adolescentes, menos interessantes, teimavam em ouvir música no celular no nível mais alto, obrigando todo mundo a escutar o gosto musical duvidoso deles. Eu já disse que odeio quem inventou o celular no qual se pode ouvir música sem fones de ouvido? Pois é... eu realmente odeio. Desculpa , ta.
Mas voltando ao adolescente leitor. A leitura era boa, ele passava a mão pelos cabelos meio compridos, mas não deixava o livro de lado. Não estava fardado, usava uma camisa de malha e calça jeans. Tênis simples e uma mochila normal. Mas trazia nas mãos o tesouro precioso.
Depois de muito me esticar, comecei a divagar. Será que era Harry Potter (a repórter, segundo tradução d eminha mãe?). Quase desiludi, mas lutei bravamente para tirar a dúvida. Não, não era. Disso eu tinha quase certeza. E lá ia eu me esticando, até que acho que rapazinho percebeu. Também, minha discrição elefântica me traiu. Rapidamente olhei pela janela, discretamente (se é que me entendem).
Na demorou muito, descobri qual era o livro, Na verdade, o reconheci. Era “A menina que roubava livros”, #emocioneidenovo . Li esse livro no ano passado. Hoje ele repousa na casa da minha filha postiça (duvido que tenha lido uma página. Na verdade ela apenas roubou o meu livro). Conta a história de uma menina... e quem conta é a morte. É o ponto de vista dela... uma delícia.
Será que o rapaz Restart estava lendo aquele livro só por que era a morte quem contava a história? É que esses adolescentes de hoje são meio góticos, depressivos. Prefiro acreditar que não. Que ele apenas gostava de ler. E gostava mesmo, pois devorava as páginas a revelia do balanço...
O ônibus parou no Centro. Meu adolescente leitor fechou seu tesouro e alheio a minha alegria em ver um de sua raça lendo... levantou e desceu... provavelmente indo para a escola.
Vai menino. Que Deus te abençoe e conserve essa vontade de ler. Amém.
Isso foi no ônibus, há pouco, quando eu vinha trabalhar. Ele estava sentado do outro lado do corredor, mas nem isso me deixou menos curiosa. E haja eu me esticar para tentar descobrir a leitura do moço.
Um rapazinho no alto dos seus 15, 16 anos, acho eu. Não era nerd. Tinha cabelos a La Restart, cheio de pontas, franjas e incrementos, trazia em um dos braços uma daquelas pulseiras de equilíbrio e na outra uma pulserinha de linha, hippie, daquelas que todos nós já usamos quando fomos adolescentes.
Ele nem ligava para o sacolejar do ônibus, que fazia uma rally pelos buracos da cidade. E eu lá, me esticando. Mais atrás outros adolescentes, menos interessantes, teimavam em ouvir música no celular no nível mais alto, obrigando todo mundo a escutar o gosto musical duvidoso deles. Eu já disse que odeio quem inventou o celular no qual se pode ouvir música sem fones de ouvido? Pois é... eu realmente odeio. Desculpa , ta.
Mas voltando ao adolescente leitor. A leitura era boa, ele passava a mão pelos cabelos meio compridos, mas não deixava o livro de lado. Não estava fardado, usava uma camisa de malha e calça jeans. Tênis simples e uma mochila normal. Mas trazia nas mãos o tesouro precioso.
Depois de muito me esticar, comecei a divagar. Será que era Harry Potter (a repórter, segundo tradução d eminha mãe?). Quase desiludi, mas lutei bravamente para tirar a dúvida. Não, não era. Disso eu tinha quase certeza. E lá ia eu me esticando, até que acho que rapazinho percebeu. Também, minha discrição elefântica me traiu. Rapidamente olhei pela janela, discretamente (se é que me entendem).
Na demorou muito, descobri qual era o livro, Na verdade, o reconheci. Era “A menina que roubava livros”, #emocioneidenovo . Li esse livro no ano passado. Hoje ele repousa na casa da minha filha postiça (duvido que tenha lido uma página. Na verdade ela apenas roubou o meu livro). Conta a história de uma menina... e quem conta é a morte. É o ponto de vista dela... uma delícia.
Será que o rapaz Restart estava lendo aquele livro só por que era a morte quem contava a história? É que esses adolescentes de hoje são meio góticos, depressivos. Prefiro acreditar que não. Que ele apenas gostava de ler. E gostava mesmo, pois devorava as páginas a revelia do balanço...
O ônibus parou no Centro. Meu adolescente leitor fechou seu tesouro e alheio a minha alegria em ver um de sua raça lendo... levantou e desceu... provavelmente indo para a escola.
Vai menino. Que Deus te abençoe e conserve essa vontade de ler. Amém.
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