terça-feira, outubro 19

Dor gelada...

Você já sentiu aquela dorzinha chata na cabeça ou no rosto ao colocar na boca uma grande quantidade de sorvete ou outra substância supergelada?
A “dor de cabeça do sorvete” pode não soar como um assunto para pesquisas médicas sérias, mas é algo intrigante e corriqueiro o suficiente para ter gerado estudos na literatura médica.

O fenômeno, também conhecido como “congelamento do cérebro”, ocorre quando uma substância muito fria toca a parte posterior do palato (céu da boca), causando uma rápida contração e dilatação dos vasos sanguíneos na cabeça.

Segundo alguns estudos, isso faz com que os receptores de dor estimulem o nervo trigêmeo, o maior condutor de informações sensoriais do rosto ao cérebro, resultando numa dor aguda no rosto ou na cabeça. Mas isso pode não afetar a todos. Pesquisadores descobriram que apenas um terço da população passa pelo fenômeno e que, apesar do mito originado em estudos anteriores, ele não ocorre somente nos dias quentes.

Num relatório publicado em 2002 na revista britânica British Medical Journal (BMJ), um cientista da Universidade McMaster, no Canadá, conduziu um estudo envolvendo 145 alunos do ensino médio durante dois meses do inverno. Todos eles – para seu deleite – receberam porções moderadas de sorvete. Alguns foram aleatoriamente instruídos a consumi-lo lentamente, enquanto outros tinham de devorá-lo em cinco segundos ou menos. Cerca de 30% dos estudantes no grupo de “alimentação acelerada” e 13% do grupo de “alimentação cautelosa” tiveram dor de cabeça.

“Ao contrário de estudos anteriores”, afirmou o estudo, “nossos resultados sugerem que a dor de cabeça do sorvete pode ser induzida no clima frio, mesmo naqueles que consomem seu sorvete num ritmo lento”.

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