sábado, outubro 16

Já se alimentou hoje???



Celebra-se hoje, dia 16 de Outubro, o Dia Mundial da Alimentação, a data é conhecida atualmente em cerca de 150 países e foi comemorada pela primeira vez no ano de 1981. A data tem como finalidade alertar e conscientizar o público em geral e os governantes sobre as questões relacionadas a alimentação e nutrição.

Um dos temas de discussão deve ser a erradicação da fome em todo o mundo e o excesso de alimentos consumidos pela sociedade ocidental o qual representa repercussões graves para a saúde.
Para quem ainda não conhece abaixo temos os 10 mais importantes Direitos à Alimentação de um cidadão:
1. Direito a pelo menos 3 refeições diárias
2. Direito à alimentação a custo acessível e justo
3. Direito a uma alimentação saudável
4. Direito a uma alimentação variada
5. Direito a comer em porções adequadas
6. Direito ao prazer da alimentação
7. Direito a uma alimentação de qualidade
8. Direito à segurança alimentar
9. Direito a informação sobre alimentação
10.Direito ao aconselhamento nutricional por um dietista



Um caso a pensar...

Por Ana Paula Gonzaga e Cybelle Weinberg



No Dia Mundial da Alimentação, uma questão contraditória nos impele a uma importante reflexão. Se por um lado a fome castiga mais de 30 milhões de brasileiros que padecem pela má distribuição de renda no país, temos uma outra parcela – significativamente menor, mas não menos importante –, sofrendo por transtornos também relacionados à alimentação. Para se ter uma noção básica da gravidade do problema, cerca de 1% da população do Brasil e aproximadamente 4% dos jovens com idade entre 12 anos a 20 anos sofrem de algum tipo de transtorno alimentar; porcentagens que equivalem a algo em torno de 1.800.000 pessoas, das quais 1.200.000 são adolescentes. Os quadros típicos desses transtornos são a anorexia nervosa – recusa em manter o peso mínimo para a idade; medo intenso de ganhar peso; distorção da imagem corporal; e amenorreia nas meninas – e a bulimia nervosa, caracterizada pelo ímpeto de comer compulsivamente em um curto espaço de tempo, acompanhado por um sentimento de perda de controle e comportamentos compensatórios de purgação.
O problema da fome demanda políticas públicas capazes de promover uma melhor distribuição de renda e consequente acesso a alimentos em quantidade e qualidade suficientes para a manutenção da saúde. Por sua vez, os transtornos alimentares são patologias graves que demandam políticas de saúde que contemplam a especificidade pe multidisciplinar – psiquiatras, clínicos, psicólogos, nutricionistas e terapeutas familiares. Se o número de casos é alarmante em nosso país, em contrapartida são escassos os centros especializados para o tratamento. Mais do que isso, são quase inexistentes os trabalhos preventivos nessa área.




* Ana Paula Gonzaga
Graduada em Psicologia e especializada em Psicanálise.

* Cybelle Weinberg
Graduada em Filosofia; especializada em Psicanálise e doutoranda em Psicologia Clínica. 

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