terça-feira, agosto 24

Você tem lembranças boas da sua infância ?

Para quem não sabe, hoje é o Dia da Infância...
Quando descobri isso, parei e pensei num post legal sobre lembranças da minha infância, passagens engraçadas que toda criança teve... mas aí é que veio a dificuldade... não é que minha infância tenha sido ruim, é que não aconteceu  lá essas coisas que valham contar... aí meu Dia da Infância ficou meio "aziado", como diz minha sobrinha...
Ficam em nossa lembrança, mesmo passado muito tempo, as coisas realmente legais, importantes e às vezes muito ruins ou tristes que passamos.... pois é... pensando assim, posso dizer que minha infância foi light... já que quase não tenho lembranças dela. Se não teve coisas tão legais para se lembrar, pelo menos também não teve coisas tão ruins, por que senão eu me lembraria...rsrs...
Às vezes fico confusa, vejo minha irmã falar de coisas que nem me lembro de ter vivido. Não consigo me lembrar de passeios que fizemos (embora tenha feito)... coisas que tenha provado, ouvido, falado.
Minhas lembranças de infância se resumem a quase nada. A brincadeiras com meu vô ( e acho que lembro só por causa dele e não por minha infância), poucas coisas da escola, algumas pessoas com quem estudei... vizinhas brincando no terraço e principalmente... e isso eu lembro de verdade, do portão que me separava do mundo lá fora. 
Atribuo a forma como fui criada a minha falta de memória da infância. Eu nunca brinquei na rua e olha que  a vontade era "no corpo todo". Minha mãe e meu vô achavam que não era bom, então quem quisesse brincar comigo e minha irmã tinha de ir para o terraço de nossa casa. Mas haviam tantas restrições que eu ficava mesmo era vendo os outros brincarem na casa do vizinho. Mas não se preocupem, isso não tirou a minha alegria de viver, por que isso eu mantive, criando histórias na minha cabeça e mais tarde, dividindo-as com outros colegas. 
Minha infância menor foi isso, eu e o portão. Minha infância maior também teve o portão, mas aí eu já era atrevida e me pendurava nele e, mesmo não podendo brincar na rua, dava um jeito de participar, torcendo - de cima do muro - nas partidas de queimado e ouvindo música em meu rádio com toca-fitas.
Lembro que muitas meninas nos olhavam (eu e minha irmã) de forma diferente... umas deviam ter inveja, por que tínhamos brinquedos e eletroeletrônicos que elas não tinham... mas outras deviam ter pena, por que não saíamos para brincar como meninas normais da época. Eu preferia não pensar assim e me conformar com o que tinha... o que me poupou terapia hoje em dia...
Meu relato de infância fica por aqui... não tenham pena do que não fiz... por que não sinto saudade, já que não se sente saudade do que não se provou. Não posso recriminar minha mãe e meu vô por nos afastarem das pessoas, por que sei que eles queriam apenas nos proteger, embora eu ache que foi errado, por que eu me safei, mas isso prejudicou muito minha irmã, que se tornou uma pessoa trancada e que não gosta de ninguém, só vendo os defeitos dos outros.
Mas se serve de consolo àqueles que estão com peninha de minha pobre infância presa na torre do castelo, na adolescência eu pulei o muro, escalei o portão, banhei na chuva escondida escondida do meu vô, namorei escondido e beijei muuuito...rsrsrs... por que sempre tive muita sede de viver e atrevimento é comigo mesmo... KKKKKK
Ah... aos que tem filhos, porém, só posso dizer que superproteção atrapalha o desenvolvimento da criança. Seu filho precisa interagir com as pessoas para saber por se só se elas são boas ou más. Não é você quem vai ensinar isso ao seu filho. Ele tem de aprender vivendo....
Beijos e bom Dia da Infância

Um comentário:

  1. Adoro minha infância. É claro que não sou mais criança. Mas ainda vivo uma eterna adolescência. Adoro ser Teen. Porém não sou como esses adolescentes rebeldes. Vivo alguns conflitos e sinto que tenho descobertas para realizar, mas não pratico a irresponsabilidade. Sou o Teen responsável.

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