Viva vovô

Comemora-se hoje o Dia da Vovó e do Vovô , porque hoje, 26 de julho, é o dia de Santa Ana, mãe de Maria e avó de Jesus Cristo.
Conta a história que Ana e o marido, Joaquim, não tinham filhos, mas sempre rezavam pedindo que o Senhor lhes enviasse uma criança. Ela teve uma menina quando já tinha idade avançada e a batizou de Maria. Santa Ana morreu quando a menina tinha apenas 3 anos. Ela é a padroeira das mulheres grávidas e dizem que concede gravidez às mulheres estéreis.

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Pois então... hoje é o dia dos avós e que coisa mais meiga!!!

Eu nunca me canso de falar e escrever sobre o meu avô. Pode até parecer que eu não gostava da minha avó, mas na verdade eu a amava muito, só que ela se foi quando eu tinha 8 anos e mesmo antes, embora tenha sido muito amável e atenta comigo, sempre cuidou mais da minha irmã... o que é outra história, que quem sabe um dia eu conte. A perda e minha avó fez muita falta em minha família, mas meu avô estava do meu lado e isso para mim foi o suficiente...

ele se foi há alguns anos...uns 9 anos... mas é como se estivesse aqui o tempo todo aprovando (ou não) as coisas que digo e faço.

Hoje devo prestar mais uma homenagem ao meu avô, lembrando daquele homem forte, corajoso e cheio de histórias pitorescas de sua juventude rebelde. Ele foi muito danado quando jovem. Não sei como vovó aguentou...por que ele era briguento e farrista. Depois, com o tempo e as responsabilidades as coisas foram se arrumando...

Quando éramos crianças (eu e minha irmã) vovô costumava passear conosco. Ele saía para fumar (segundo me contou minha irmã), mas eu não lembro dele com um cigarro de jeito nenhum... cerveja às vezes ele bebia uma ou outra, mas nunca o vi bêbado. 

Para mim, quando criança, vovô era um gigante que cuidava da gente com todo amor e era muito, mas muito mesmo, mau para os que tentavam chegar perto da gente. E ele tinha fama de mau mesmo. Os meninos da minha rua tinham verdadeiro pavor dele e eu adorava isso. 

Mas por proteger demais a gente, vovô não nos deixava brincar na rua, tomar banho na chuva, sair com amigos e nem namorar (tinha de ter um inconveniente, né), coisas  que, é claro, eu me virava para fazer escondida dele.

Ele ficou viúvo cedo, aos 72 anos e viveu até os 91 anos. Era um homem de coração bom, enfermeiro prático que teve muitas oportunidades de subir na vida, mas de maneira escusa e por isso nunca aceitou. Nos ensinou que a maior virtude o homem é a honestidade e isso deveria sempre ser preservada. Aprendi! Se for continuar a contar coisas sobre vovô, acho que não paro nunca...

Hoje, como todos os dias da minha vida sem ele, sinto sua falta. Lembro seu sorriso e seu olhar de aprovação. Amo tanto meu avô que choro toda vez que paro para pensar um pouquinho a mais nele. Mas aí procuro parar... para não atrapalhar seu amadurecimento no mundo espiritual, de onde sei que ele me acompanha e aprova minha caminhada. 

Saudades meu amado vô... e hoje, em seu dia, rendo-lhe graças!!!