Fonte: http://www.plenarinho.gov.br/seu_espaco/seja-xereta/quem-ja-participou/bulling-um-joguinho-sem-fim
Apelidos como "rolha de poço", "baleia", "quatro olhos" e atitudes como chutes, empurrões e puxões de cabelo são comportamentos típicos de alunos em sala de aula. Brincadeiras próprias da idade? Não. São atos agressivos, intencionais e repetitivos, que ocorrem sem motivação evidente e que caracterizam o chamado fenômeno bullying.
O caso se torna mais grave quando a vítima se afasta do convívio social, cria desinteresse aos estudos e ao trabalho e é abalada profundamente em sua auto-estima, devido aos insultos pejorativos que recebe.
Com os avanços da tecnologia, esse constrangimento partiu para internet e ganhou força. A nova prática recebeu o nome de “Cyberbulling” e se infiltrou em correios eletrônicos, blogs, Orkut, Msn, etc. O agressor nesse caso, muitas vezes escondido atrás de um apelido, dissemina sua raiva e felicidade enviando mensagens ofensivas a outras pessoas. Em muitos casos, ele exibe fotos comprometedoras, altera o perfil das vítimas e incita terceiros a reforçar o ataque. O único propósito é a humilhação da vítima e isolamento daquele que é considerado mais fraco ou diferente.
A psicóloga do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC de São Paulo, Maluh Duprat, explica que o agressor precisa derrubar alguém para se sentir forte, ser mais popular no grupo, obter o lugar da vítima no trabalho e esconder suas próprias fraquezas através de seus ataques.
“Quem agride, quer que o seu alvo se sinta infeliz como na verdade ele é. É provável que o agressor também tenha sido humilhado um dia, descarregando no mais frágil a sua própria frustração e impotência”, explica a psicóloga.
O mais grave dessa situação é a vítima, que na maior parte das vezes, não sabe como reagir. As conseqüências são isolamento, sofrimento solitário sem qualquer busca de ajuda.
Maluh Duprat sugere que nesses casos o melhor a ser feito é criar uma distância do agressor e de seus ataques. Não é interessante responder às provocações, pois isso aumentaria a raiva do agressor e é exatamente isso que ele quer. “Outra coisa importante é não manter segredo da ofensa, intimidando-se. Pode ser um bom momento de lidar com os próprios complexos, de superar com a ajuda da família ou dos superiores no trabalho uma situação de confronto maior que seus recursos internos”, completa. Obviamente, é necessário evitar a exposição excessiva na internet, seja de dados pessoais, conversas com amigos e fotos.
Fonte - MBPress
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