sexta-feira, junho 25

Um ano sem Michael Jackson


Há um ano o mundo perdia Michael Jackson. Criticado, execrado, afastado de tudo e de todos, Michael se preparava para voltar à mídia quando morreu. Queria ser uma fênix, estava se reinventando. Já havia feito contrato para uma turnê mundial e ia retomar o sucesso. Ia mesmo, por que dele ninguém podia duvidar. Mas foi vencido por seus fantasmas pessoais, suas dores físicas, seus transtornos, vícios e morreu.
Aos meus olhos Michael Jackson se tratava de um pobre menino rico. Eu gostava de vê-lo cantar, dançar, gostava de seu estilo, da música, mas tinha muita pena dele. Não teve infância, primeiro por ter trabalhado desde muito pequeno e depois, por que era constantemente agredido pelo pai (ô homenzinho que eu não consigo ir com a cara!). Por ser o melhor do grupo Jackson’s Five, Michael deve, também, ter sido alvo de inveja de alguns dos irmãos.
Trabalhou feito um condenado e o dinheiro que ganhou bancou muito sua família. Mas nenhum de seus familiares cuidava dele. Com o tempo, Michael se transformou em uma pessoa cheia de complexos, frustrações, crises existenciais e pior, tornou-se extremamente infeliz. Acho que ele realmente nunca foi feliz... inventou um mundo de fantasias, vivia cercado de crianças e se achava uma delas, comprou filhos, mas nada o satisfez, com certeza o astro do Pop morreu sem ter vivido... o que me deixa com mais pena dele ainda.
Depois de um ano de morte, seu patrimônio já cresceu em US$ 1 bilhão. Segundo dados da revista "Billboard", em um ano a venda de álbuns do Rei do Pop faturou US$ 383 milhões, enquanto as bilheterias do documentário "This is it" atingiram a cifra de US$ 440 milhões. (dados do G1).
E a família ganha dinheiro, lança CD, DVD, lança livro, o diabo a quatro... e nada disso muda o triste fim de Michael...um homem que morreu sem ter vivido...
Que pelo menos sua alma descanse em paz... um dia, quem sabe...

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