segunda-feira, junho 14

Lendas que aprendi na viagem...

Já contei AQUI as lendas da minha São Luís, terra onde moro, cheia de mistérios...
Hoje conto outras, da terra onde passei férias...

A Lenda do Cabeça de Cuia 
Assim como quase todas as lendas que fantasiam e atraem a imaginação do povo brasileiro, é contada de várias formas e possui várias versões, e a cada pessoa que a estória é passada, transmite-se novos fatores que acabam por afastar da realidade a verdade sobre a lenda. O Portal Cabeça de Cuia, após grande pesquisa, traz o relato mais próximo do que teria sido a maior das lendas do Piauí: 
Crispim era um jovem rapaz, originário de uma família muito pobre, que vivia na pequena Vila do Poti (hoje, Poti Velho, bairro da zona norte de Teresina). Seu pai, que era pescador, morreu muito cedo, deixando o pequeno Crispim e sua velha mãe, uma senhora doente, sem nenhuma fonte de sustento. Sendo assim, Crispim teve que começar a trabalhar ainda jovem, também como pescador. 
Um dia, Crispim foi a uma de suas pescarias, mas, por azar, não conseguiu pescar absolutamente nada. De volta à sua casa, descobriu que sua mãe havia feito para o seu almoço apenas uma comida rala, acompanhado de um suporte de boi (osso da canela do boi). Como Crispim jazia de fome e raiva, devido à pescaria fracassada, enfureceu-se com a miséria daquela comida e decidiu vingar-se da mãe por estarem naquela situação. Então, em um ato rápido e violento, o jovem golpeou a cabeça da mãe, deixando-a a beira da morte. 
Porém, a velha senhora, antes de falecer, rogou uma maldição contra seu filho, que lhe foi atendida. A maldição rezava que Crispim transformasse-se em um monstro aquático, com a cabeça enorme no formato de uma cuia, que vagaria dia e noite e só se libertaria da maldição após devorar sete virgens, de nome Maria.  
Com a maldição, Crispim enlouquecera, numa mistura de medo e ódio, e correu ao rio Parnaíba, onde se afogou. Seu corpo nunca foi encontrado e, até hoje, as pessoas mais antigas proíbem suas filhas virgens de nome Maria de lavarem roupa ou se banharem nas épocas de cheia do rio. Alguns moradores da região afirmam que o Cabeça de Cuia, além de procurar as virgens, assassina os banhistas do rio e tenta virar embarcações que passam pelo rio. 
Outros também afirmam que Crispim ou, o Cabeça de Cuia, procura as mulheres por achar que elas, na verdade, são sua mãe, que veio ao rio Parnaíba para lhe perdoar. Mas, ao se aproximar, e se deparar com outra mulher, ele se irrita novamente e acaba por matar as mulheres. 
O Cabeça de Cuia, até hoje, não conseguiu devorar nem uma virgem de nome Maria.


Lenda – India Intã - Morro Gemedor 
A Índia Intã, uma linda jovem Tremembé descendente de Mandu Ladino, vivia na Ilha Grande de Santa Izabel, numa linda praia próxima a Pedra do Sal. 
Intã amava a natureza,gostava de caminhar pela praia, bricando com a areia e as ondas que chegavam aos seus pés e num desses passeios encontrou desmaiado, um náufrago ,moço branco, de cabelos loiros, sua formosura deixou a Índia Intã encantada e apaixonada e, logo passou a chama-lo de Ará. 
Consciente do perigo que corria caso fosse visto pela tribo,Intã resolveu esconde-lo, e escondeu seu príncipe , numa cabana distante, abandonada , e quando ele se recuperou os dois começaram a passar os dias se amando, envolvidos no maior romantismo e não perceberam,entretanto, a invasão das dunas, a arei que cobria a cabana, a cabana do amor, como poderia chama-la, a cabana desapareceu, foi coberta pela areia e, segundo a lenda a Índia Intã continua a gemer nos braços de seu grande amor o seu príncipe Ará. 
O lugar onde o casal se abrigou foi soterrado e deu origem ao Morro Gemedor, e se você tem dúvidas sobre está historia,visite e tente subir, o Morro Gemedor que você ouvirá com certeza, os “Ai” de amor de Intã e Ará. 

A  LENDA  DA  CARNAÚBA
Era uma região muito fecunda e boa bonançosa – conta uma lenda indígena – habitava uma tribo feliz e próspera, em tempos em que a memória não guardou.
Um dia, uma seca terrível assolou o País lendário.  Luas e luas e os habitantes aguardaram as chuvas.  Mas o flagelo persistiu.  E a tribo, outrora feliz, viu seus filhos morrerem um após outro.  Uma família apenas sobreviveu à catástrofe: um casal e um filho.  E, ante a ruína do seu povo, os três partiram em busca de outras terras.  Seis dias e seis noites viajaram os retirantes.  No sétimo dia, sob um sol escaldante, avistaram na chapada uma palmeira perdida no deserto.  Abrigaram-se à sua sombra para uns momentos de repouso.  Vencidos pelo cansaço, os pais adormeceram, enquanto o jovem índio, desperto, implorou as graças de Tupã.
Nesse momento, no alto da palmeira, entre sua folhagem, surgiu uma mulher, morena e bela. 
Meu nome é Carnaúba, disse ela.  Como a tua, a minha tribo foi destruída pela seca.  Quando morri, 
Tupã, apelidado, transformou-me nesta palmeira, para que protegesse nossos irmãos de raça.  
Toma de teu machado e me corta do meu estipe tirarás o palmito, e terá alimento, com minha palha, 
construirás teu abrigo; da minha cera farás velas e terá paz. 
O meu fruto plantará e outras palmeiras surgirão para o teu povo.
Assim fez o jovem índio.  Em alguns anos, o deserto transmudou num palmeiral farfalhante.  A família transformou-se em "Clã".  A vida voltou a ser feliz.  E o jovem índio, agora envelhecido, partiu para levar, às outras tribos, sementes da palmeira de Tupã, que passou a chamar-se a "ÁRVORE DA VIDA".

... e a que mais me chamou a atenção...sobre a Lagoa do Portinho

                                    
... desenhos e o texto da lenda estão em um mural 
no restaurante do Sesi,
que fica na Lagoa do Portinho 


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