Crer é expandir!

Do site: http://somostodosum.ig.com.br
por *Flávio Bastos - flaviolgb@terra.com.br

"Leve-me de volta para os rios da convicção, meu amigo. Eu olho dentro do meu coração. Eu olho dentro da minha alma" (The rivers of belief)

Crer, acreditar... é ter convicção íntima em algo que nos inspire profundamente. E esse "algo", geralmente, leva-nos a um credo, ou seja, a uma fé religiosa, a um partido político, etc.

Dogmatismo é a adesão irrestrita e não crítica a princípios ou idéias tidas como indiscutíveis. Dogma é o princípio indiscutível de uma doutrina religiosa ou de qualquer doutrina ou sistema. Dogmatismo, portanto, é uma imposição autoritária de idéias...

Os índios das Américas, considerados indivíduos selvagens e sem alma pelos colonizadores europeus, percebiam que a vida era sinônimo de expansão, por isso consideravam a educação - fundamentada na transmissão de valores éticos e espirituais - como plataforma para vôos mais altos do espírito.

No choque de culturas européia e americana, perdeu-se a sabedoria natural do índio e sobrou o conhecimento dogmático do branco, que apesar de uma certa fusão de elementos culturais (sincretismo), impôs as suas idéias nos âmbitos religioso e político.

O certo é que passamos a acreditar em dogmas, principalmente após a "fusão" na idade média, entre a Igreja e o poder político, onde a imposição autoritária de idéias deixou a sua trágica marca na Inquisição.

Mensagens atribuídas a Jesus Cristo, Buda e a outros espíritos iluminados que por aqui passaram, são repletas de significados que transcendem a conceitos textualizados e adaptados conforme interesses de dogmas religiosos criados pelo homem. No entanto, o objetivo dessas mensagens não foi fechar o indivíduo em uma crença religiosa, e sim, abrir a sua mente em busca de respostas de que necessita para a elaboração de sua própria convicção íntima.

Crer, portanto, ainda segue a orientação natural dos índios americanos que percebiam a vida como uma oportunidade de crescimento ou expansão da consciência... e somente cremos, quando essa crença parte de uma convicção íntima elaborada por um imprescindível instrumento: a liberdade de expressão. Sem o livre pensar em busca de respostas que reforcem a nossa fé, seremos um rebanho de cordeiros conduzidos por alguém que se autodenomina o portador da verdade absoluta...

Embora interdependentes no sentido da sobrevivência, somos seres livres para processarmos a própria evolução consciencial, que passa pela crença de que viver é expandir além dos limites de dogmas políticos ou religiosos.

"Sois Deuses", disse Jesus Cristo diante de uma multidão. Verdade que sintetiza o potencial - ainda adormecido - que trazemos conosco. Verdade que passa pelos "olhos de ver e ouvidos de ouvir" além da percepção dos cinco sentidos ligados à dimensão física. Verdade que abre a mente para a busca de respostas das quais precisamos...

Não compreenderemos os significados do amor se não o praticarmos entre nossos semelhantes, assim como não compreenderemos as mensagens dos espíritos da Luz, se não inserirmos a caridade e a paixão na prática desse amor abrangente.

Portanto, de nada servem os credos, se não estimularem em seus crentes a expansão consciencial através da livre expressão da alma. De nada servem os dogmas ou doutrinas, se continuarem a reproduzir idéias ou teorias ultrapassadas.

Não esqueçamos que vivemos no início de uma Era de importantes transformações na energia do planeta Terra. Época em que a fé, a crença individual passa por processo de elaboração - ou reciclagem - de suas próprias convicções. Convicções que serão responsáveis pelo surgimento de uma nova consciência que norteará o homem no alvorecer do terceiro milênio.

* Psicoterapeuta Interdimensional.

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