segunda-feira, novembro 2

Por que hoje é Dia de Finados




...O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia do Amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca.

É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre.
Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos. Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os Santos". O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração.

Monsenhor Arnaldo Beltrami – vigário episcopal de comunicação

Fica difícil não lembrar dos nossos entes queridos que se foram e deixaram uma saudade imensa...
Deu vontade, então, de republicar um artigo que já consta neste blog... uma lembrança do meu avô, o homem que tanto amei e ainda amo muuuuuuiítissímo...
 O SONHO
Ela amava tanto aquele homem que pensava nele todos os dias. Não era uma obsessão, mas uma saudade. Certa noite, depois de sua oração de agradecimento por mais um dia, ela dormiu e sonhou. Era ele em seu sonho. Finalmente, depois de anos pedindo um sonho assim, ela sonhou com ele.
E no sonho ele estava lindo. Estava com uma camisa simples, com botões fechados até pouco abaixo do pescoço e uma calça de linho. Os sapatos estavam bem engraxados e o perfume. Ah, o perfume. Era o que ela mais lembrava. O perfume dele era o mesmo de sempre. Aquela fragrância simples de alfazema que ela aprendeu a gostar desde menina. Sempre cuidadoso com sua aparência, ele estava bem, penteado e arrumado.
No rosto, além da barba bem feita, estava com aquele bigode que ela tanto gostava, mas ele havia se desfeito antes de ir embora. Ele tinha, ainda, no rosto, aquele sorriso. E que sorriso lindo. Adorável aos olhos dela. Quando ela o viu chegar sorrindo, foi impossível não chorar. E ela correu e o abraçou e como queria que ele não fosse mais embora.
Ele apenas sorria e passava a mão forte sobre os cabelos dela, como fez tantas vezes. Depois os dois se olharam. Olhos nos olhos. Ela não se conteve e pediu que ele ficasse, que não a abandonasse nunca mais, por que era difícil ficar sem ele novamente.
O sorriso ficou sério e ele finalmente falou e a voz era a mesma que ela ouviu a vida toda. Aquela voz firme e carinhosa ao mesmo tempo. E suas palavras eram leves e aos ouvidos dela, parecia música. Ele disse que nunca a abandonou e sempre estaria ao lado dela em todos os momentos. Mas não poderia ficar ali.
Ela quis chorar, mas ele não deixou. Sorriu novamente e disse que agora era “Anjo da Guarda”. Era o anjo da guarda dela. Depois que falou, suas asas abriram e a luz se formou ao seu redor. E ele ficou ainda amais bonito. Então ela sorriu e ele se despediu, dizendo que precisava ir, mas que a amava muito e não queria mais que chorasse, nem sofresse de saudade, por que ele estava ali, sempre, ao seu lado, lhe protegendo e cuidando dela. Então ele sumiu no meio de um clarão.
Ela, é claro, acordou imediatamente, assustada com o que se passou e entendeu o recado. Não precisava mais chorar, por que ele, seu grande amor, não havia partido, mas apenas mudado de forma e continuava, como sempre vez, cuidando dela. E ela sorriu e voltou a dormir tranqüila, sabendo que seu anjo da guarda era seu avô.
Por Ana Coaracy




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