quarta-feira, junho 23

Você já ouviu falar em FISIOGNOMONIA ?

Fisiognomonia 

(def.): do Gr. physiognomonía < physis, natureza + gnomon, o que conhece. A arte de
conhecer o caráter dos homens pelas feições do corpo. 
A Fisiognomonia teve seu berço na Índia, quando os antigos habitantes daquele país estudavam as rugas do corpo, e as causas e origens das mesmas. Foi levada para a China, desenvolvida e estudada como diagnóstico, principalmente pelo Dr. Pen Chião, considerado o verdadeiro pai dessa ciência. 
Tida como uma subdivisão da Medicina Chinesa, a Fisiognomonia é estudada atualmente por monges, acupunturistas, e por toda uma legião de leigos e profissionais que reconhecem seu valor e importância como diagnóstico. Além de permitir que o especialista conheça certas particularidades do caráter da pessoa, a Fisiognomonia fornece outras informações através dos traços faciais, relacionando-os à sua saúde física, emocional e mental. A causa pura está na sensibilidade do especialista perceber, no rosto do paciente, o diagnóstico que se manifesta, quando os detalhes são reforçados e as pequenas mudanças são tratadas como grandes mudanças, e averiguadas as mazelas que não se manifestam (pseudo-saúde). 

As anormalidades que se tornam perceptíveis e reclamam com dores, tornam possível o tratamento. Tabalhoso, porém, é identificar e atacar os males ocultos, que ainda não se manifestaram. Entretanto, se um paciente se sente, por exemplo, abatido e longe de seu vigor corpóreo (refulgência), e haja dúvidas quanto à razão dessa anomalia, isso poderá ser resolvido pelo fisiognomonista, que identificará pelo seu rosto e nas áreas específicas, os males que o afligem. 

A frase de O Silêncio dos Inocentes (Silent of the Lambs, 1991) dá o tom de nossa busca. Uma agente do FBI insistentemente pergunta a um famoso ex-psiquiatra comedor de carne humana sobre o paradeiro de um assassino de mulheres que teria sido seu cliente. Procurando mostrar em forma de enigma qual é o objetivo desse assassino, o canibal enuncia esta frase. Pois bem, o assassino não matava por ódio. Na verdade, gostava tanto das mulheres que queria ser uma delas. Entretanto, para alcançar seu objetivo, ele raptava mulheres meio gordas. Mantendo-as em cativeiro, as engordava mais e mais. Então as matava e retirava partes de suas peles. Então as costurava. Pretendia fazer uma roupa com a pele das mulheres. 

Paul Valery tem uma frase, “o mais profundo é a pele”. Seja como for, o assassino de mulheres parecia fixar a identidade delas no elemento mais material e mais visível. Ser mulher passava por parecer com uma mulher. Desta forma, para ele ser mulher não teria nenhuma relação com a busca de uma possível alma feminina. Travestido com pele humana morta, o assassino parece curto-circutar a lógica da linguagem não-verbal da aparência. Platão já havia chamado atenção para a inutilidade do mundo sensível. Ou melhor, sua única utilidade seria servir de degrau para ultrapassá-lo. 

A fisiognomonia sempre baseou seus estudos na articulação entre a afirmação da necessidade de um mundo sensível articulada à crença na existência de outro, desta vez inteligível. Sendo que é deste que podemos inferir a verdade última. Trata-se, na verdade, da velha questão da engenharia dos métodos de previsão. 


LEITURA... 
Temos como "mascarar" o consciente, não o inconsciente. O rosto expressa o mais profundo pensamento, o mais profundo sentimento, a mais profunda emoção. 
Os antigos médicos chineses faziam diagnósticos médicos apenas olhando para a pessoa. Sabiam sobre seus costumes, personalidade, hábitos, pois tudo estava traçado em seus rostos. 
Segundo eles, cada órgão do corpo humano é associado a um elemento. O fígado e os órgãos associados, os (tendões, os olhos) são do elemento madeira; o coração e os órgãos associados (os vasos sangüíneos, a língua) são do elemento fogo; o baço e os órgãos associados (os músculos, a boca) são do elemento terra; os pulmões e os órgãos associados, a (pele, o nariz) são do elemento metal; o rim e os órgãos associados, (os ossos, o ouvido) são do elemento água. 
... em outros posts voltarei a tratar do assunto...

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