Este artigo eu escrevi em novembro de 2006, mas relendo vi que continua cada dia mais atual...
Por Ana Coaracy
Vivemos uma época dramática. Uma doença assola o mundo. Ela vem devastando continentes e no Brasil tem tomado conta de todas as camadas, deixando atônitos aqueles que ainda estão sadios (não se sabe por quanto tempo). Extremamente contagiosa esta doença dizima famílias. Não é aids, câncer, ebóla ou cólera, tampouco gripe espanhola ou a peste. Na verdade, a doença que vem tomando corpo nos últimos tempos é a falta de noção.
Putz, como tem gente “sem noção” nesse mundão de meu Deus. Parece que com o tempo os valores foram mudando e as pessoas deixaram de se preocupar com coisas importantes e com as outras pessoas.
Nada mais assusta. Crianças perambulam pelos sinais de trânsito cheirando solvente e ninguém faz nada. Adolescentes tomam bebidas alcoólicas em festas e usam tóxicos indiscriminadamente. Filhos matam pais por causa do vício das drogas. Pais matam filhos por que se separaram das mães. Menina de 12 anos já são mães e meninos da mesma idade se matam a tiros nas escolas. A que ponto chegamos??
Na TV se vê sexo, violência e pouca informação a qualquer hora do dia. Onde estamos? Em que século mesmo? Será mesmo o final dos tempos? Uma coisa eu tenho certeza, as pessoas hoje estão sem noção.
As prioridades mudaram ou fui eu que parei no tempo? No meu tempo (nossa como dói dizer assim, fico parecendo velha) as pessoas priorizavam a família, pais amavam seus filhos e eram eles (os pais) quem ditavam as regras. Os filhos também amavam seus pais e os obedeciam. Festa, até tinha bebida alcoólica, mas não era a prioridade. Adolescente em show, só com pai ou mãe do lado. Beber e fumar era coisa de adulto, coisa de mocinho de filme. Criança só via TV até 20h e dependendo da programação.
As pessoas conversavam e namoravam pessoalmente e não pelo PC, criança se vestia como criança, dava até para se assistir TV tranqüilamente, sem o perigo de ser brindado com um “arquivo confidencial” de alguma prostituta que virou celebridade. Parecia tudo melhor, mais organizado, mais racional.
Hoje não, estou errada ou parece que as pessoas andam meio enlouquecidas? Vivem cheias de dívidas e cheias de supérfluos. Ninguém mais se preocupa com ninguém. É cada um por si e Deus por todos. E haja Deus para tanta gente sem noção. Hoje as pessoas namoram, casam, tem filhos pela internet. Qual a tendência? Piorar ou melhorar?
Identificar um “sem noção” de primeiro grau é fácil. Sabe aquelas mulheres que usam roupas dois números menores que o seu e as banhas ficam penduradas; sabe aquele cara que não quer saber o que é preferencial e passa tirando fino do teu carro e se um “menino em situação de risco” estiver no meio vai esmagado; sabe aquele que só quer saber de si e não está nem aí para os outros; sabe aquela igreja que está rica e todo mundo ainda dá dízimo; sabe aquele preço absurdo que se vê nas roupas, carros, bens duráveis e não duráveis; pois é por aí...
Acho que no dia-a-dia todos nós temos um pouquinho de “sem noção”. Vacilamos, fingimos que não vemos, erramos, enganamos, nos fazemos de besta, gastamos demais, não nos preocupamos, xingamos alguém por bobagem, cortamos um sinal de trânsito. Mas cabe a nós não nos deixarmos sucumbir por essa doença.
Temos que aprender, reaprender se for o caso, a dar valor devido às pequenas coisas, ao que realmente importa. Não estou propondo uma volta no tempo, mas um reaproveitamento daquilo que valia a pena e foi perdido. É deixar o fácil, o supérfluo, o leviano, o fútil, o discriminatório, o banal, de lado, por exemplo.Vamos combater esta praga, vamos encontrar o antídoto para essa doença, antes que seja tarde e que os “sem noção” dominem o mundo. Quem se habilita ?
Vivemos uma época dramática. Uma doença assola o mundo. Ela vem devastando continentes e no Brasil tem tomado conta de todas as camadas, deixando atônitos aqueles que ainda estão sadios (não se sabe por quanto tempo). Extremamente contagiosa esta doença dizima famílias. Não é aids, câncer, ebóla ou cólera, tampouco gripe espanhola ou a peste. Na verdade, a doença que vem tomando corpo nos últimos tempos é a falta de noção.
Putz, como tem gente “sem noção” nesse mundão de meu Deus. Parece que com o tempo os valores foram mudando e as pessoas deixaram de se preocupar com coisas importantes e com as outras pessoas.
Nada mais assusta. Crianças perambulam pelos sinais de trânsito cheirando solvente e ninguém faz nada. Adolescentes tomam bebidas alcoólicas em festas e usam tóxicos indiscriminadamente. Filhos matam pais por causa do vício das drogas. Pais matam filhos por que se separaram das mães. Menina de 12 anos já são mães e meninos da mesma idade se matam a tiros nas escolas. A que ponto chegamos??
Na TV se vê sexo, violência e pouca informação a qualquer hora do dia. Onde estamos? Em que século mesmo? Será mesmo o final dos tempos? Uma coisa eu tenho certeza, as pessoas hoje estão sem noção.
As prioridades mudaram ou fui eu que parei no tempo? No meu tempo (nossa como dói dizer assim, fico parecendo velha) as pessoas priorizavam a família, pais amavam seus filhos e eram eles (os pais) quem ditavam as regras. Os filhos também amavam seus pais e os obedeciam. Festa, até tinha bebida alcoólica, mas não era a prioridade. Adolescente em show, só com pai ou mãe do lado. Beber e fumar era coisa de adulto, coisa de mocinho de filme. Criança só via TV até 20h e dependendo da programação.
As pessoas conversavam e namoravam pessoalmente e não pelo PC, criança se vestia como criança, dava até para se assistir TV tranqüilamente, sem o perigo de ser brindado com um “arquivo confidencial” de alguma prostituta que virou celebridade. Parecia tudo melhor, mais organizado, mais racional.
Hoje não, estou errada ou parece que as pessoas andam meio enlouquecidas? Vivem cheias de dívidas e cheias de supérfluos. Ninguém mais se preocupa com ninguém. É cada um por si e Deus por todos. E haja Deus para tanta gente sem noção. Hoje as pessoas namoram, casam, tem filhos pela internet. Qual a tendência? Piorar ou melhorar?
Identificar um “sem noção” de primeiro grau é fácil. Sabe aquelas mulheres que usam roupas dois números menores que o seu e as banhas ficam penduradas; sabe aquele cara que não quer saber o que é preferencial e passa tirando fino do teu carro e se um “menino em situação de risco” estiver no meio vai esmagado; sabe aquele que só quer saber de si e não está nem aí para os outros; sabe aquela igreja que está rica e todo mundo ainda dá dízimo; sabe aquele preço absurdo que se vê nas roupas, carros, bens duráveis e não duráveis; pois é por aí...
Acho que no dia-a-dia todos nós temos um pouquinho de “sem noção”. Vacilamos, fingimos que não vemos, erramos, enganamos, nos fazemos de besta, gastamos demais, não nos preocupamos, xingamos alguém por bobagem, cortamos um sinal de trânsito. Mas cabe a nós não nos deixarmos sucumbir por essa doença.
Temos que aprender, reaprender se for o caso, a dar valor devido às pequenas coisas, ao que realmente importa. Não estou propondo uma volta no tempo, mas um reaproveitamento daquilo que valia a pena e foi perdido. É deixar o fácil, o supérfluo, o leviano, o fútil, o discriminatório, o banal, de lado, por exemplo.Vamos combater esta praga, vamos encontrar o antídoto para essa doença, antes que seja tarde e que os “sem noção” dominem o mundo. Quem se habilita ?
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